Dez coisas que você precisa saber: Maconha



1- A maconha, que tem o nome científico de Cannabis sativa, é uma planta originária do norte do Afeganistão. Também conhecida como "cânhamo", é típica de regiões desérticas, mas também consegue se adaptar a outras condições climáticas.
Essa planta tão polêmica tem gêneros macho e fêmea. A flor do macho produz o pólen que fecunda a fêmea. Mas nem sempre isso acontece. Quando não é fecundada, a flor da planta fêmea solta uma resina pegajosa com vários compostos, entre eles o delta-9-tetrahidrocanabinol, ou THC. Essa substância, que atua como um filtro solar para a cannabis, é a responsável pelas alterações químicas dentro das células humanas que provocam o famoso "barato" da droga.

2- Se hoje a maconha é famosa por seu efeito psicoativo, que provoca alterações na percepção do cérebro, na Antiguidade ela tinha uma função bem mais careta. Marcas de uma corda feita de cânhamo, impressas em cacos de barro, foram encontradas na China e datadas de cerca de 12 mil anos atrás. Elas são o registro histórico mais antigo do uso da cannabis pelo homem. Por volta do início da Era Cristã surgiram os primeiros sinais de sua aplicação medicinal na China e na Índia.

3- Devido à sua versatilidade, a planta que podia ser usada tanto para tratar doenças quanto para fazer cordas e tecidos se espalhou pelo planeta. Da Índia, a maconha migrou para o Oriente Médio e de lá para a África. Na Europa, os antigos gregos, e depois os romanos, aprenderam a fabricar as velas e cordas de seus navios com o cânhamo. Mais tarde, por volta do século 15, a planta também serviu como matéria-prima para fazer o papel dos primeiros livros europeus e as telas de pintura dos gênios da Renascença.

4- No Brasil, a cannabis desembarcou trazida por escravos angolenses, no século 16.
O nome "maconha" veio de um idioma falado em Angola, o quimbundo, e significa algo como "erva santa". Por quase três séculos, a droga foi tolerada por aqui e fumada principalmente em rituais religiosos. A proibição teve início em 1830, quando a Câmara Municipal do Rio de Janeiro tornou ilegal a venda e o uso da droga na cidade.

5- No início do século 20, a marginalização da erva se espalhou pelo mundo antes mesmo que qualquer pesquisa científica comprovasse seus malefícios. A causa principal da proibição foi econômica.
Impedir o uso da maconha fez com que a indústria das fibras do cânhamo fosse destruída, o que impulsionou a indústria de produtos sintéticos derivados de petróleo, principalmente nos Estados Unidos, país que liderou as campanhas de marginalização da droga.

6- Hoje a cannabis é proibida em grande parte do mundo, mas, desde que a Holanda começou a tolerá-la, na década de 1970, outros países seguiram os passos da descriminação. Na Holanda é possível comprar até 5 gramas da erva nos cafés especializados. No Reino Unido, o portador de maconha que é parado pela polícia recebe só uma advertência verbal. Recentemente, Portugal endureceu as penas para o tráfico, mas descriminou o usuário de qualquer droga, desde que ele seja encontrado com quantidades pequenas.

7- Segundo dados da Organização das Nações Unidas, 147 milhões de pessoas fumam maconha no mundo, o que faz dela a terceira droga psicoativa mais consumida do planeta, depois do tabaco e do álcool.
No Brasil, são cerca de 5 milhões de usuários. Aproximadamente metade das apreensões da erva na América do Sul é feita aqui, o que confirma que o país é um exportador da droga. Não há dados confiáveis sobre o assunto, mas as estimativas apontam que o tráfico de maconha movimenta pelo menos 20 milhões de dólares por ano no Brasil.

8- O cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum — a única diferença significativa é o princípio ativo. No cigarro é a nicotina; na maconha, o THC. Algo entre 6% e 12% dos usuários desenvolvem um uso compulsivo da cannabis, menos que a metade das taxas para nicotina e álcool. Cerca de 16% desses usuários crônicos têm crises de abstinência, que incluem ansiedade, insônia e crises nervosas. A maioria dos consumidores compulsivos desenvolve uma dependência menos pesada, mas ainda assim perigosa: a necessidade de usar a droga diariamente e a incapacidade de parar mesmo que a pessoa queira.

9- O principal argumento a favor da cannabis é seu milenar uso medicinal. Há registros de sucesso no tratamento de dores crônicas, náuseas, falta de apetite, rigidez muscular e espasmos que acometem pacientes de câncer, esclerose múltipla e, mais recentemente, aids. O grande desafio dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo — ou seja, criar uma maconha que não dê "barato". Mas, ao que tudo indica, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pela ação curativa. É por isso que, por enquanto, somente na Holanda e em alguns estados do Canadá e dos Estados Unidos é autorizado o uso da maconha para fins terapêuticos.

10- O dano principal que a maconha pode provocar é na memória. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, comprovaram que nos usuários mais pesados a memória de curto prazo fica prejudicada e o raciocínio fica mais lento. Nos adolescentes, a maconha pode causar a síndrome amotivacional, ou seja, a perda de interesse por tudo. O uso da erva também pode ser bem perigoso para quem sofre do coração, pois ela dilata os vasos sanguíneos e acelera os batimentos cardíacos. A erva tem substâncias tóxicas praticamente iguais às do cigarro, como monóxido de carbono e alcatrão, mas um "baseado" tem poder destrutivo até seis vezes maior do que um cigarro. Ou seja, a maconha também pode causar câncer.

Fonte:ME

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